domingo, 29 de julho de 2018

BOLO DE LEITE DE COCO (VERSÃO VAPOR)

Coco é um dos sabores que muito aprecio, não tanto como chocolate e laranja, mas ao mesmo nível da baunilha, limão, canela...
Este bolo por ser assado como tradicionalmente no forno ou no vapor.
A vantagem de ser cozido no vapor é sobretudo pela textura, muito macia, tal como no Bolo de cacau ou chocolate (versão vapor). Mas há outras características: a ausência de crosta típica de um bolo, dourada, o ser pequeno, pois tem de caber no tabuleiro do vapor diminuindo a tentação, o não precisar de forno, para aqueles que não usam o forno no verão, poder ser cozinhado nas férias, mesmo no campismo, se levou o robot de cozinha consigo.

É um bolo de aroma e sabor delicados, nada bem marcado. O leite de coco tem um sabor suave e não sendo muito doce permite combiná-lo com frutas laminada, como morangos.
A cobertura de chocolate e coco ajuda dar-lhe um toque extra de doçura e não desaponta quando acompanhado pelas frutas ou uma colherada de natas ácidas, como é hábito aqui em casa.

Querendo assar no forno a forma pode ser maior e a receita pode ser acrescentada, resultando num bolo um pouco maior também.

Fiz assim...

BOLO DE LEITE DE COCO (VERSÃO VAPOR)


INGREDIENTES
Para o bolo (forma de 5 chávenas +/- 1,5 l):
100 g de manteiga
75 g de açúcar
3 ovos
150 ml de leite de coco
200 g de farinha de trigo T55 com fermento
1 colher (chá) de fermento

Para a cobertura:
100 de chocolate negro 71%
3 colheres (sopa) de natas, manteiga ou mesmo leite
coco ralado

PREPARAÇÃO
Numa tigela ou na taça da batedeira, se puder ir ao microondas, colocar a manteiga e levar a amolecer no microondas.
Juntar o açúcar e bater com a batedeira até se obter um creme.
Acrescentar os ovos e continuar a bater até que este creme fique fofo, esbranquiçado e os grãos de açúcar já não se sentirem ao toque.
Adicionar o leite de coco e bater um pouco mais.
Envolver com a espátula ou ainda na batedeira numa velocidade baixa, a farinha e o fermento.

Verter a massa para uma forma com chaminé untada com manteiga e enfarinhada.
Bater com a forma na bancada, em cima de um pano dobrado, para eliminar algum ar.
Levar a assar no forno cerca de 40 minutos ou no vapor cerca de 50 minutos.
Quando dourado e cozido retirar do forno e deixar repousar 5 minutos e só depois desenformar.


No robot de cozinha colocar a manteiga e programar 2,5 min./60°C/vel. colher.
Acrescentar o açúcar e programar 1 min./vel. 1 e pelo bucal os ovos e continuar por 2 min./vel. 3.
Juntar o leite de coco, 30 seg./vel. 3 e depois a farinha com o fermento 15 seg./vel. 3.
Raspar as laterais do copo e envolver com a espátula.
Verter a massa para uma forma com chaminé untada com manteiga e enfarinhada.
Bater com a forma na bancada, em cima de um pano dobrado, para eliminar algum ar.
Cobrir a forma com folha de alumínio prendendo no rebordo em volta e fazendo um furo no centro para passagem do vapor.
Tapar a varoma com a tampa de plástico e se for preciso envolver a união com folha de alumínio para reter o vapor.
Colocar 1,5 l de água no copo. Colocar a varoma em cima e programar 50 min./varoma/vel. 2.

Destapar e com um pano retirar a forma. Deixar o bolo repousar 5 minutos e só depois desenformar.

No fim de frio partir o chocolate em pequeno pedaços para uma tigela de vidro e juntar as natas, manteiga ou leite.
Levar ao microondas 30 segundos e mexer. Voltar a aquecer de 10 e 10 segundo mexendo sempre.
Quando restarem apenas alguns pedaços pequenos de chocolate por derreter deixar repousar uns minutos que o calor residual acaba por ser suficiente.
Polvilhar com o coco ralado.


Versão do mesmo bolo mas com 5 ovos, misturado na batedeira, aromatizado com um pouco de pasta de baunilha e assado no forno.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Para assar no vapor sem robot, colocar no fundo de uma panela ou tacho largo onde caiba a forma, uma pequena forma baixa ao contrário ou algo similar, para que a forma do bolo assente em cima e não fique em contacto com o fundo do tacho (poderia queimar). Tapar a forma com folha de alumínio, tapar o tacho e deixar cozinhar em lume que mantenha a água a ferver calmamente;
- Se a forma de chaminé usada tiver o fundo plano, colocar na varoma por baixo da forma um pauzinho de espetada ou do chinês/japonês partido ao meio, para que o vapor possa circular mais facilmente (ver aqui foto);
- Querendo fazer o mesmo bolo mas um pouco maior pode usar: 170 g de manteiga, 125 g de açúcar, 5 ovos, 250 ml de leite de coco, 340 g de farinha de trigo T55 com fermento, 1,5 colher (chá) de fermento.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

TABULEIRO DE COTOVELOS GRATINADOS COM FRANGO E COBERTURA DE SALADA

Quando há que levar algo salgado para uma refeição partilhada volante, que sirva de jantar, por exemplo, é preciso escolher e cumprir alguns requisitos.
Algo que possa ser do agrado da maioria, incluindo crianças, por isso carne parece ideal, algo que não precise ser cortado no prato, pois a refeição será de pé, algo que inclua acompanhamento, arroz, batatas cortadas ou massa e, porque não, que já incorpore salada para ser um tudo em um.
Sendo ainda para servir à temperatura ambiente pensei numa salada russa (batata, feijão verde e/ou ervilhas, cenoura e ovo cozido, envolvido em maionese) com atum, salada de batata com pesto de manjericão, tomates cherry, mini-queijos mozzarela frescos e salmão fumado, num arroz árabe salteado com cubos de carne, vegetais e frutos secos e sementes ou num cuscuz com legumes, cubos de maçã e sultanas.
Mas, depois, deixei-me levar por aquilo que me apeteceria comer e resultou neste tabuleiro de massa gratinada com salada.

Para a salada não dispus milho, nem couve roxa, que para mim combinaria lindamente, para ir ao encontro de todos.
De qualquer das maneiras, ficou com ar de verão aos olhos e no sabor, com o toque das natas, queijo e maionese, que refrescam o prato e não podem faltar nesta época.
A maionese por baixo da salada é importante pois acaba, no prato, por se envolver com a alface e servir de dressing.

E num fechar de olhos o tabuleiro ficou limpo ;)

Fiz assim...

TABULEIRO DE COTOVELOS GRATINADOS COM FRANGO E COBERTURA DE SALADA


INGREDIENTES
Para a massa gratinada:
1200 g de peito de frango
500 g de massa cotovelos
1 fio de azeite
1 colher (sopa) de pimentão doce (colorau)
4 folhas de louro
sal grosso q.b.
4 dentes de alho
200 ml de natas
1 colher (sopa) de orégãos secos
pimenta preta moída q.b.
200 g de queijo mozzarela ralado

Para a cobertura de salada:
200 g de maionese
250 g de alface iceberg
3 cenouras médias

PREPARAÇÃO
Numa panela ferver água com sal e cozinhar a massa al dente.
Escorrer e envolver um fio de azeite para não colar.

Numa caçarola larga colocar azeite que cubra ligeiramente o fundo.
Aquecer e colocar os peitos de frango cortados em pequenos cubos juntamente com as folhas de louro.
Deixar ganhar cor de uma dos lados antes de virar.
Acrescentar o pimentão doce e temperar de sal.
Saltear os cubos de frango até que ganhem cor uniforme.
Acrescentar os dentes de alho esmagados, envolver no frango e deixar cozinhar 2-3 minutos tapado, para reter o caldo.
Juntar as natas, os orégãos e a pimenta, envolver bem ainda ao lume e desligar.

Combinar a massa com a o frango e envolver no queijo ralado.
Dispor num tabuleiro que possa ir ao forno.

Pré-aquecer o forno a 180 ºC e deixar gratinar por 10-15 minutos, até a superfície ficar dourada e um pouco mais seca.

Deixar arrefecer antes de dispor a salada.

Cobrir toda a superfície com a maionese.
Cortar a alface iceberg em juliana fina e ralar a cenoura.
Dispor em filas alternadas sobre a massa.

Servir.


NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Em vez de peito de frango pode ser feito com peito de peru ou com frango de churrasco desfiado;
- À massa também podem ser acrescentadas ervilhas ou milho, se não for usado na cobertura;
- Se optar por preparar uma maionese caseira pode prepará-la com azeite e acrescentar um pouco de mostarda de dijon;
- Quando escorrer a massa guardar um pouco da água da cozedura pois pode ser necessária para envolver o frango e o queijo, não ficando seco;
- Quer opte por estes ou outros temperos é importante que a massa fique envolvida em sabores ou ficará tudo muito insípido;
- A alface iceberg é de eleição para estes preparos, é de folha mais dura, corta-se finamente sem problemas, é mais resistente e crocante. Não murcha com facilidade, mesmo que a massa ainda esteja morna.

domingo, 15 de julho de 2018

ARROZ DE PATO

É presença habitual em refeições de grandes grupos, refeições volantes, em festas de final de ano, aniversários, catering... por vários motivos. Rende, pode ser preparado com alguma antecedência, basta que se mantenha quente e é, principalmente, apreciado por quase todos.
Aqui em casa, agora já se faz arroz de pato, durante muito tempo a mesma ave fazia arroz de frango, tal como o coelho :)

Como muitas vezes me oferecem patos caseiros, no meu congelador há sempre um disponível, quer seja inteiro ainda para cozer, quer desfiado no caldo ou já nalgum tabuleiro de arroz que fiz em duplicado.
A vantagem de fazer arroz de pato e congelar um dos tabuleiros, antes de ir ao forno, é preparar uma refeição num abrir e fechar de olhos, seja jantar de semana ou almoço de domingo, desde que não se esqueça de o colocar a descongelar antes.

Tal como no Bacalhau à Brás não pode faltar a salsa picada e as azeitonas pretas e na Carne à Alentejana ou à Portuguesa, os pickles, o arroz de pato precisa de rodelas de chouriço ou linguiça em cima. No forno, as rodelas do enchido libertam parte da gordura o que confere ainda mais sabor e cor ao arroz.

Para preparar este arroz gosto de usar arroz carolino, como aliás na maioria dos outros pratos, mas dependendo da região e do gosto de cada um, pode ser usado o arroz agulha ou mesmo o vaporizado. Quando tenho que preparar o arroz com alguma antecedência ou sei que pode ter que aguardar algum tempo para ser servido, opto mesmo pelo vaporizado, mantém o grão intacto, não se desfaz.
Também gosto de envolver o pato no arroz antes de colocar no tabuleiro, mas pode dispor o pato desfiado numa camada entre as de arroz.

Fiz assim...

ARROZ DE PATO


INGREDIENTES
Para cozer o pato:
1 pato
1 cebola
3 cravinhos-da-índia
1 folha de louro
3 grãos de pimenta
sal q.b.

Para o arroz:
pato cozinhado e desfiado
2 medidas de arroz carolino extralongo
1 folha de louro
3 medidas da água de cozer o pato
1 colher (sopa) de concentrado de tomate ou polpa de tomate (opcional)
sal q.b.
chouriço ou linguiça

PREPARAÇÃO
Na panela de pressão colocar o pato com a pele, a cebola inteira descascada com os 3 cravinho espetados, os grão de pimenta, a folha de louro, sal e água quente até cobrir o pato.
Deixar cozinhar 20-25 minutos assim que levantar pressão. Desligar e deixar arrefecer e perder a pressão.

Retirar o pato para uma travessa para arrefecer.
Reservar a cebola num prato.
Eliminar a folha de louro, os cravinhos e as pimentas.
Coar o caldo e reservar.

Num tacho colocar um fio de azeite e a cebola reservada picada e a folha de louro.
Deixar alourar 1-2 minutos e juntar o arroz previamente lavado e escorrido.
Saltear o arroz na gordura, em lume médio.
Juntar o tomate, se for o caso (ajuda a dar cor ao arroz) e saltear um pouco com o arroz.
Acrescentar a água de cozer o pato e mexer bem, deixar que o caldo borbulhe.
Assim que estiver a borbulhar, baixar o lume para o mínimo possível e deixar cozinhar o arroz por cerca de 10-12 minutos, dependendo do tipo de arroz usado.
Desligar e deixar arrefecer um pouco o arroz.

Soltar o arroz com um garfo e envolver no pato desfiado.
Colocar o arroz com o pato num tabuleiro ou refratário e alisar a superfície.
Dispor rodelas de chouriço ou linguiça.
Com uma concha regar o arroz com um pouco do caldo reservado.

Levar ao forno até que a superfície fique dourada.
Servir com uma salada de tomate e folhas verdes (rúcula, agrião, canónigos...)


#2 - Procedimento semelhante ao anterior mas em que o tabuleiro foi congelado antes de ir ao forno. Descongelei o arroz e só depois coloquei a linguiça no topo para ir ao forno. Acompanhei com rúcula e rodelas de cenoura roxa.

#3 - Arroz feito com peitos de pato cozidos e congelados no caldo. Não tendo a cebola que cozeu o pato usei cebola crua picada que saltei, no tacho, com o azeite e alguns pedaços de courato de presunto para um sabor extra. Só depois da cebola ter alourado é que acrescentei o arroz para o saltear/envolver na gordura. 
Os couratos são depois eliminados do arroz (servem de aperitivo ao chefe :))

Como tinha que dividir por duas porções envolvi o arroz diretamente nos tabuleiros para poder controlar as quantidades. As moelas mantive-as inteiras para as identificar melhor ao servir.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Ao cozer o pato ter cuidado de não salgar em demasia a água, pois o caldo vai ser usado;
- Gosto de coar o caldo, quer seja de pato, frango ou peixe para garantir que nenhum pequeno osso ou espinha é mais tarde incorporado no arroz;
- Após reservar o caldo e se este arrefecer e alguma gordura solidificar no topo, usar algumas colheres desta gordura em substituição do azeite para saltear o arroz;
- O arroz não deve cozer em demasia, como se fosse para servir de imediato. É necessário que fique ainda ligeiramente encruado pois ainda acabará de cozer no forno. Não estando totalmente cozido também não se desfaz ao envolver no pato;
- Pode interromper a preparação no final de cozer o arroz. Mais tarde envolve o arroz no pato e dá seguimento para o forno;
- Se sobrar caldo do pato pode ser guardado fechado hermeticamente no frigorífico ou congelado em caixa ou saco, para ser usado mais tarde noutra preparação de carne;
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